terça-feira, 13 de junho de 2017

Meu primeiro Dia das Mães

For you

Ontem foi o meu primeiro Dia das Mães. Quer dizer, o primeiro com minha filhas na barriga. Ganhei presentes lindos do marido, parabéns de várias pessoas e fiquei muito feliz. Decidi até exibir a gravidez no Facebook, coisa que não é do meu feitio, postando uma foto de nós quatro e da barriguinha despontando. Recebi uma avalanche de comentários carinhosos e de vibrações positivas que me deixou ainda mais feliz.

Só que, no fundo, eu só pensava nas mulheres que, nessa data, não veem motivos para comemorar. Seja porque estão tentando engravidar e não conseguem, por já terem feito uma ou mais tentativas de FIV, por terem perdido seus filhos no começo ou no fim da gravidez, ou quando eles já eram maiores, por serem refugiadas e terem precisado deixar o filho para buscar sobrevivência em outra terra ou ainda por não terem mais suas mães por perto.

Porque ontem umas dessas mulheres era eu. E eu nunca vou esquecer como sempre me senti desamparada - pela sociedade, amigos e até família - nesse dia. Como nunca me identifiquei com as propagandas, que me faziam chorar pelos motivos errados. Como quando, ao receber uma rosa no trabalho ou um bombom no salão de beleza no segundo domingo de maio, eu me sentia um fracasso de mulher. Não que nos demais dias do ano me sentisse de outra forma, mas o Dia das Mães intensificava a angústia.

Hoje eu tenho o privilégio de estar grávida e à espera das minhas filhas. Mas sempre vou me solidarizar com as mulheres que ainda não conseguiram realizar o sonho de ser mãe. Desejo que tenham força para encarar a jornada e serenidade para lidar com as difíceis decisões impostas por esse processo. Estamos juntas.

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Mais um post escrito no metrô há quase um mês e não publicado na data correta. 

sábado, 10 de junho de 2017

17 semanas e a terceira consulta com a obstetra

Hoje estou com 20 semanas. Mas comecei a escrever esse post com 17, logo após a terceira consulta com a obstetra. E resolvi publicá-lo mesmo atrasado.

Abandonei o blog. Queria estar registrando tudo, mas simplesmente não estou conseguindo. Na quarta-feira completei 18 semanas de gestação. E na véspera tive a terceira consulta com a obstetra - nem consegui escrever sobre a segunda. Atualizações sobre meus sintomas, que passei também pra médica:

- O enjoo melhorou, muito, mas ainda não me abandonou por completo. Continuo tomando Vonau uma vez ao dia e, quando não tomo (fiz isso para testar), vomito. Mas não se compara a como eu me sentia no começo - doente e indisposta 24h por dia.

- Tive cãibras que me acordam à noite berrando de dor com a panturrilha travada. Acordo o marido, que faz massagem. É um sintoma bem comum, segundo a médica. Existem alguns alimentos que podem ajudar, como o damasco (além da banana, que já é mais sabido) mas não tem muito o que fazer.

- Meu apetite e minha alimentação melhoraram demais. Estou conseguindo comer alimentos saudáveis. Por recomendação da obstetra, fui a uma nutricionista, que me passou várias dicas. Engordei 3,6 quilos desde o início da gravidez e tanto a nutri quanto a GO disseram que estou com crédito.

- Conforme o enjoo foi melhorando, a azia foi piorando. Nunca fui de ter azia na vida e, vou te contar, que coisa mais desagradável. A nutri deu a dica de não tomar líquido na refeição e, há uma semana, a azia aliviou demais desde que botei isso em prática. Um ou outro alimento ainda dá queimação (tempero com alho, por exemplo), mas realmente não beber na refeição ajuda demais. O ideal é ingerir líquido meia hora antes e uma hora depois, o que tem sido ruim pra mim porque fico com medo de tomar algo e sentir azia, então acho que tô tomando menos água.

- O sono é outro mal que me aflige. Cedo já estou fechando o olho, não consigo ler duas páginas de um livro que durmo e até no cinema peguei no sono, o que nunca acontecia comigo.

Agora vamos às boas e melhores notícias:

- As gêmeas estão ótimas. Crescendo e se desenvolvendo bem. Inclusive bem grandinhas. Uma com 241g e 18cm e outra 217g e 16cm. Segundo a médica, esqueceram de avisá-las que são gêmeas, o que pode significar que terei uma barriga gigantesca nível Beyoncé.

- Está tudo bem comigo também. Pressão boa, colo comprido, nenhum fator de risco na gestação, que era algo que temia tanto. Posso continuar pegando ônibus e metrô, posso carregar sacolas (não muito pesadas, claro), subir escadas também (não 200 andares) e fazer atividade física. Comecei hidroginástica, mas estou na dúvida se mudo pro pilates agora que está meio friozinho.